A montagem dirigida por Aderbal Freire-Filho, a partir da adaptação do romance hormônio do autor mineiro Walter Campos de Carvalho, tem o tom exato para fazer rir da forma mais inteligente. Saem as firulas, e as piadas óbvias e preconceituosas - ainda que por ventura, alguém possa não ter gostado da cena em que o personagem Hilário é assaltado sorrateiramente por um Nordestino que encontrou casualmente em Copacabana - e prevalece o raciocínio intricado, que para contar uma história absurda, usa referências históricas reais.
Estruturada como se cada ator fosse narrador de suas próprias personagens, o espetáculo apresenta ao público as anotações do diário de Hilário, um homem que resolve organizar uma expedição para verificar se a Bulgária de fato existe. Depois de publicar um anúncio no jornal convocando expedicionários, juntam-se a ele os tipos mais estranhos e bizarros.
* A matéria foi publicada no caderno "Programa" da Folha de Pernambuco de 01/02/2010

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