Em um mundo cada vez mais preocupado com consciência ambiental, nem mesmo os cosméticos escapam da missão ativista de ser um “politicamente correto”. Consumidoras sedentas por novidades, procuram produtos que além de trazerem benefício para beleza, sejam também naturais, respeitem o meio ambiente, e que sejam produzidos por empresas socio, e ecologicamente, responsáveis.
No mercado, as opções são muitas. As marcas investem no filão. Natura, Granado, Phytoervas, The Body Shop, são exemplos que renovam a cada ano suas linhas de produtos, sempre com base em ativos minerais, ou vegetais. Além disso, a forma como esses agentes serão extraídas da natureza também são uma preocupação constante.
A “The Body Shop” - empresa inglesa fundada por Anita Roddick - foi uma das primeiras marcas a apresentar ao mundo o conceito de cosmético natural. Na prática, porém, os cosméticos seguem a linha das marcas tradicionais, com uma pitada de ingrediente natural apenas para constar no rótulo. Entretanto a empresa mantém até hoje uma forte militância pela defesa dos animais, bem como pelas causas sociais e ambientais
Nacional, a Natura possui uma linha de maquiagem que substitui insumos tradicionais de origem mineral, pelos vegetais, utilizando fontes renováveis de matérias-primas e contribuindo para a redução do impacto produtos no meio ambiente. Além disso, a empresa trabalha com uma política de produtos com refis, atitude que diminui o consumo de recursos naturais na produção de embalagens e contribui com o conceito ecologicamente sustentável dos 3Rs - redução, reutilização e reciclagem. Além de ser uma opção mais econômica, o refil consome em média 20% menos recursos naturais do que a embalagem regular.
Porém, diante de tantas promessas e atuações engajadas. A escolha dos cosméticos, deve sempre ser amparada na opinião de profissionais. A especialista em medicina estética, Juliana Erthal, faz um alerta. “O cuidado das pessoas não tem que estar apenas ligado ao fato do produto ter uma substância de origem vegetal, ou não. Esse aspecto não significa que ela é totalmente natural. É importante lembrar que o produto passou por um processo de industrialização. Algumas pessoas podem ter uma ideia equivocada a esse respeito.
Juliana afirma que algumas substâncias de origem vegetal, de fato têm ação comprovada. Como o caso dos óleos de semente de uva, que é muito utilizado em produtos para a hidratação da pele. Assim como a andiroba, o cupuaçu e outras ativos retirados da Amazônia. “É importante saber que pelo fato do produto ser natural, ele não possa causar irritação ou reação alérgica. Uma determinada “substância X”, pode ser natural, e por conta da formulação, ou da manipulação, causar algum tipo de reação”, completa a médica.
* A matéria foi publicada no caderno "Programa" da Folha de Pernambuco de 24/01/2010

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