CENAS fortes ora constrangem, ora encantam o público
Escuta-se a campanhia anúnciando que o round de uma batalha vai começar. Como no boxe, combatentes se enfrentam numa batalha de palavras, ou da ausência delas. Mas esta é uma batalha de vencidos e vencedores que se dá no palco. “Carícias”, peça de estréia do cineasta Leo Falcão, que iniciou temporada sábado no Hermilo Borba Filho, nos leva a perceber o que há de mais delicado nas relações humanas: o próprio ser-humano.
Os conflitos entre pais, filhos, irmãos, namorados, amantes... são o principal foco no texto escrito pelo catalão Sergi Belbel. Porém, é na leitura feita por Leo, com ajuda da irmã Karina Falcão - assistente de direção - que a narrativa ganha outra dimensão. O Realismo Fantástico, traço estilístico mencionado pelo diretor, está presente, e se faz crucial para suavizar o peso de relações tão desgastadas e viciosas.
Em um tabuleiro de um jogo imaginário da vida, os personagens se revezam em situações comuns a todos nós. O casal que vive um casamento falido, a filha que não aceita ouvir verdades de sua mãe, o marido que enlouqueceu ao perder a mulher para outra mulher. Conflitos possíveis de verdades embaraçosas, difíceis de ouvir. As pessoas temem suas próprias verdades, e comunicar-se vira uma barreira intransponível.
O talento do elenco com Ana Cláudia Wanguestel, Carlos Lira, Cira Ramos, Marcelino Dias, Paula de Renor e Rodrigo Garcia são um atrativo a mais. Afinados com o diretor, eles dão leveza a assuntos difíceis. Cenas como a da banheira partilhada por pai e filho, ou a do rompimento dos amantes, ganham ares surreais pela verdade quase nunca dita. Ora constrangendo, ora encantando a platéia, que assiste a tudo como se fosse o vizinho que aponta as mazelas do apartamento ao lado, esquecendo de suas próprias.
Escuta-se a campanhia anúnciando que o round de uma batalha vai começar. Como no boxe, combatentes se enfrentam numa batalha de palavras, ou da ausência delas. Mas esta é uma batalha de vencidos e vencedores que se dá no palco. “Carícias”, peça de estréia do cineasta Leo Falcão, que iniciou temporada sábado no Hermilo Borba Filho, nos leva a perceber o que há de mais delicado nas relações humanas: o próprio ser-humano.
Os conflitos entre pais, filhos, irmãos, namorados, amantes... são o principal foco no texto escrito pelo catalão Sergi Belbel. Porém, é na leitura feita por Leo, com ajuda da irmã Karina Falcão - assistente de direção - que a narrativa ganha outra dimensão. O Realismo Fantástico, traço estilístico mencionado pelo diretor, está presente, e se faz crucial para suavizar o peso de relações tão desgastadas e viciosas.
Em um tabuleiro de um jogo imaginário da vida, os personagens se revezam em situações comuns a todos nós. O casal que vive um casamento falido, a filha que não aceita ouvir verdades de sua mãe, o marido que enlouqueceu ao perder a mulher para outra mulher. Conflitos possíveis de verdades embaraçosas, difíceis de ouvir. As pessoas temem suas próprias verdades, e comunicar-se vira uma barreira intransponível.
O talento do elenco com Ana Cláudia Wanguestel, Carlos Lira, Cira Ramos, Marcelino Dias, Paula de Renor e Rodrigo Garcia são um atrativo a mais. Afinados com o diretor, eles dão leveza a assuntos difíceis. Cenas como a da banheira partilhada por pai e filho, ou a do rompimento dos amantes, ganham ares surreais pela verdade quase nunca dita. Ora constrangendo, ora encantando a platéia, que assiste a tudo como se fosse o vizinho que aponta as mazelas do apartamento ao lado, esquecendo de suas próprias.

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