Ana Botafogo não se apresentou em Floresta AmazônicaUm pequeno desentendimento - causado por um erro de impressão nos ingressos (duas pessoas tinham ingressos para as mesmas cadeiras) - acontecia na parte central do teatro Guararapes, quando pelo sistema de som, a plateia recebeu o aviso de que a bailarina, Ana Botafogo, seria substituída por Márcia Jaqueline ontem à noite, na estreia do espetáculo “Floresta Amazônica”, no Recife. A notícia foi recebida com uma vaia pelo público que compareceu ao teatro, em sua maioria, na expectativa de ver em cena um dos maiores ícones do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Ana Botafogo já estava no Recife, e mesmo com uma pequena contusão no tornozelo se apresentaria sem problemas. Entretanto, a bailarina apresentou um quadro de febre na noite da segunda-feira e a equipe preferiu mantê-la em repouso. “Decidimos que era melhor que Ana voltasse ao Rio para descansar. Para casos como esse, sempre estamos preparados para substituir os bailarinos”, disse o diretor do corpo de baile do Municipal, Hélio Bejani.
Todos os contratempos, porém, não comprometeram o brilho do espetáculo. O cenário majestoso envolvia a plateia num misto de luzes e sons da floresta. Homenageando os 50 anos da morte do compositor Heitor Villa-Lobos, o Ballet impressiona pelo vigor técnico dos bailarinos e pelo trabalho primoroso de figurino e cenografia.
“Floresta Amazônica” impressionou também os quase 800 alunos da rede Estadual de ensino que assistiram à apresentação a convite da organização do evento. A partir de uma ação da Secretária de Educação do Rio de Janeiro. “Sempre tive vontade de assistir a um balé. Quando surgiu essa oportunidade não quis perder”, disse Ana Priscila Ribeiro, aluna da escola Argentina Castelo Branco.
* A matéria foi chamada de Capa e publicada no caderno "Geral" da Folha de Pernambuco de 27/05/2009

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