terça-feira, 4 de agosto de 2009

A festa de Móveis Coloniais de Acaju

Pensando em assistir um show da banda Móveis Coloniais de Acaju? Então comece a fazer uma preparação reforçada. Muita água para hidratar, alongamentos e muito, mais muito exercício de resistência. Algum passante desavisado que tenha resolvido entrar no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, na noite do último sábado, por um momento deve ter pensado que errou de festa, e entrou num show de axé que acontecia próximo dali. Gente balançando os braços, batendo palma e pulando – literalmente saindo do chão – sem parar um só minuto. Mas passado o primeiro momento de “choque” essa pessoa provavelmente percebeu que o quê se ouvia era bem mais interessante aos ouvidos.
A banda brasiliense não pode, exatamente, ser chamada de nova, já que são mais de dez anos de carreira, dos quais os últimos quatro foram de mais expressão o cenário nacional. Porém, só agora o grupo gravou o segundo CD (C_mpl_ete), e, foi justamente este, o show de lançamento na cidade.
Sob o comando do vocalista André Gonzáles, os meninos da Móveis subiram no palco por volta da uma da manhã, mas nem o avançado da hora, nem o calor, tiraram o ânimo (e o fôlego) da banda.
Começando pelo sucesso do primeiro disco “Seria Rolex?” o grupo engatou a primeira e não parou mais. “Falso Retrato” e “Cheia de Manha” vieram na seqüência, e, antes mesmo que Gonzáles desse boa noite aos fãs que se espremiam no gargarejo, aquele passante desavisado já poderia esboçar um certo cansaço. Mas, para sua surpresa, ainda tinha uma maratona de uma hora de show pela frente.
Com uma batida marcante e uma qualidade nos metais incontestável, a Móveis mostrou porque faz jus ao título de maior promessa da cena de música independente do país. E, como toda boa banda independente, percebeu que é justamente na relação visceral com os fãs que ela encontra seu maior trunfo. Não por acaso, ao som de “Copacabana” parte da banda foi para o chão dançar e pular numa roda aberta no meio da plateia. Também não por acaso, a banda já atingiu a marca de 20 mil discos baixados em seu site. Já no bis, ao som de “Perca Peso” outro título dado a banda se confirma: o de “micareta indie”. Provando que a “Móveis” pode sim fazer um som de qualidade, mas com direito a coreografia.
Quase uma hora depois do fim do show foi a vez da “Eddie” e seu Original Olinda Style subir ao palco para encerrar a noite – dos que ainda tinha fôlego – em um ritmo pouco menos acelerado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário