Está dada a largada para quinta edição do Festival de Circo do Brasil, que promete movimentar a cidade pelos próximos 10 dias. Quem estiver passando hoje pelo centro da cidade por volta das 11h30 vai perceber uma movimentação diferente nas paredes dos prédios da Avenida Conde da Boa Vista. A trupe paulista Acrobático Fratelli é a primeira atração a se apresentar dentro da vasta programação que o Festival vai oferecer (ver matéria página cinco). Não muito distante dali, logo mais à noite, o teatro de Santa Isabel recebe a partir das 21h, a abertura oficial do evento que terá o carioca João Artigo, da Cia. Teatro de Anônimo, como mestre de cerimônia. Além de apresentações de espetáculo nacional, e outro de uma companhia francesa, celebrando o ano da França no Brasil, marca desta edição do Festival. Abrindo os trabalhos no palco, o mineiro Luís Sartori, apresenta o espetáculo ‘Carton’ (papelão em francês). Atualmente morando em Bruxelas, na Bélgica, Sartori tem formação em Belas Artes pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi durante o curso em “Artes do Espetáculo e Técnicas de Difusão e de Comunicação” (especialização em artes do circo) pela Ecole Supérieur des Arts du Cirque (ESAC), que o artista teve a oportunidade de aprofundar sua técnica circense. Hoje, Sartori divide seu tempo entre as atividades como malabarista, acrobata, ilustrador, artista gráfico, intérprete e baterista. Apesar da infinita gama de talentos, ele foge do ‘rótulo’ de multiartista. “Me considero um artista e dentro dessa condição tenho a possibilidade de desenvolver diversas técnicas. Estou sempre tentando experimentar, fazer algo diferente”.
Música, Teatro e Circo num só espetáculo
Criada em 2001 por Maxine Sole, Basile Narcy, Clair Aldedaya e Romain Vigier, todos artistas formados por escolas de circo de Estocolmo, Bruxelas e Moscou, a Akoreakro tem “a mistura” como princípio básico da criação de suas apresentações. Em seu novo espetáculo, juntaram-se a quatro músicos e transformaram a montagem numa verdadeira orquestra-circo. A trilha sonora pop de “Pfffffff” reúne ritmos dos mais eruditos, até os mais modernos como hip hop e o beat box (termo referente à percussão vocal usualmente feita pelos cantores de Hip Hop que dá nome ao espetáculo). “ Cada músico tem uma influência especial no espetáculo. Música clássica, tango, música judaica e até o próprio hip hop, cada um trouxe sua própria referência. Usamos a música como forma de trazer a modernidade para o circo”, explicou Sole.
* A matéria foi publicada no caderno "Programa" da Folha de Pernambuco de 08/10/2009

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