segunda-feira, 21 de julho de 2008

Das crônicas que não fiz...


Inspirada pelo curta Os filmes que não fiz, do diretor Gilberto Scarpa, exibido no CinePE desse ano. E pelo longo tempo que passei sem colocar nada de novo aqui no blog (mais de um mês), resolvi fazer um texto apenas sobre as crônicas que não fiz.

Ao longo desse mês de "quase" férias – e digo quase, porque tudo segue normal com exceção apenas da faculdade – tive várias idéias de textos que gostaria de ter compartilhado com o universo blogueiro. Mas por algum motivo: falta de tempo, excesso de trabalho, problemas com o PC, ou a mais pura e simples, preguiça. Acabei não colocando em prática.

A primeira das idéias foi falar dos dentistas. Com o título: Ofício Medieval. O texto abordaria o prazer quase sádico que os dentistas têm em torturar seus pacientes naquelas cadeiras que mais parecem câmaras da morte. Em função de um episódio que já dura mais de dois meses, causado por uma maldita azeitona, a autora que vos fala (escreve), vem passando por um verdadeiro suplício na mão desses torturadores da idade média. É preciso ser no mínimo excêntrico, para escolher passar o resto da vida fazendo as pessoas sentirem dor. Ok, ok! .. Eles irão se defender dizendo:

- Na verdade o nosso papel é evitar a dor, ou então resolvê-la quando a situação já está no limite.

Mas convenhamos que tem que ter um pezinho no prazer em ver a dor alheia. Ah, isso tem!!!

A outra crônica que não fiz seria sobre vizinhos. O perigo mora ao lado iria falar das relações entre aqueles que vivem separados apenas pelas pilastras que dividem os portais de dois apartamentos. Desde que o mundo é mundo (já diria Bruno Mazzeo em um dos seus episódios do Cilada) existe vizinhança... A diferença é que as cavernas poderiam ficar mais distantes umas das outras, assim como as aldeias e vilas. Mas, com o crescimento das cidades, passamos a compartilhar do dia-a-dia do sujeito que mora logo ao lado, a baixo, em cima, na frente... Prédios cada vez mais próximos e com paredes cada vez mais finas transformaram a vida moderna num verdadeiro Big Brother Condominial. E não adianta reclamar com o síndico!!!!

Ainda bem que não escrevi essa crônica... Pelo menos meus vizinhos não me odiarão.

Também tive a idéia de falar sobre como a cidade muda durante o inverno, mas já estamos no final de Julho e não haveria mais sentido. Quis fazer um diário de bordo sobre minhas primeiras coberturas jornalísticas em grandes eventos. Faltou tempo! Fazer uma homenagem ao dia do amigo (20/07). Passou batido!

Enfim, foram muitas idéias... Algumas acredito que renderiam boas risadas, outras seriam completamente sem graça. Mas assim como no curta de Scarpa, a vida de uma “aprendiz” de jornalista, ou de um diretor de cinema, é feitas de idéias. Inspiração. Ou falta dela. Algumas são boas, outras nem tanto. Umas virarão histórias, e outras ficarão guardadas na memória. Quem sabe um dia não serão contadas a um outro “aprendiz”. Quiçá!!!